Tempo

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

"Lar, doce lar"

Pois bem, depois de um bocado eis que estou de volta.
O título parece estranho? É, mas é como me sinto. Pra ser sincero nada de muito diferente vem acontecendo que mereça atenção especial, exceto que essa semana estive em Riga, na Letônia.
Portanto, iniciarei abaixo minha aventura... enjoy it.

Na segunda-feira acordei 8:20, já estava com tudo preparadinho na mala e as 9 me encontro com o Lorenzo, Nele e Sara na frente do prédio. Fomos a pé, com um frio de -5º e uns 10 cm de neve do prédio até a ferroviária, que levou uns 25 minutos de caminhada.
Pegamos o trem que iria de Oulu pra Tampere e o mesmo teria duração de 5h. Durante o trajeto ficamos papeando a maior parte do tempo, e eis que lá pelas 3 da tarde chegamos à cidade.
Tampere tem mais ar de "cidade grande", mas ainda assim o centro é bem restrito. Fomos ver alguns parques, umas áreas comerciais, fomos pra uma cafeteria... enfim, tudo pra passar o tempo, visto que teríamos que ir pro aeroporto lá pelas 7 da noite. Antes disso, iríamos nos encontrar com a amiga da Sara e da Nele, que se chama Sara tbm, ela vinha com mais uma guria e 4 caras (e até onde eu tinha entendido iam ser 6 gurias... pffff).

Eis que chegam eles à estação de trêm perto das 6 da tarde (que por sinal já estava noite na cidade desde as 4), vieram de Helsinki (2h de trêm). Passada as introduções, era hora de pegar o busão pro aeroporto: A Ryanair oferece transfer da estação de trêm (bem no centro da cidade) até o aeroporto (que é longinho) por "apenas" 6€. Nisso começou o primeiro meio stress: o "outro" pessoal queria ir com o ônibus normal pq era mais barato (1,90€ mais barato...), e o bendito ônibus não chegava (atrasos são praticamente inexistentes na Finlândia), mas uma determinada hora chegou e eu já não estava mais tenso. Não que houve um stress, mas sei lá, me senti incomodado, visto que era o Lorenzo que tinha organizado tudo e já de cara o resto quer fazer de outro jeito.

Sobre as pessoas, só foi mesmo uma cagadinha isso aí, todos MUUUUUITO gente fina!
As gurias eram a Sara e a Marie (ambas belgas), Jorge e Lucas (espanha), Lukas (austria) e Manuel (alemanha).

Voltando à viagem, chegamos em no aeroporto de Tampere, que é absurdamente pequeno e ficamos no aguardo do avião. A Ryanair é uma empresa bem "peculiar", e viajar com ela é épico! 2€ na passagem (ida + volta, incluindo taxas), mas as poltronas não reclinam, não há assento marcado, serviço de bordo inexistente (nem água!) e ainda por cima eles vendem bilhetes de loteria dentro do avião. Fiquei lendo a revista de bordo e em 1 hora já tínhamos atravessado o Báltico.

Chegando em Riga, fomos pegar o ônibus pro centro. Chegamos no centro em +- meia hora e encontramos o hostel em 10 minutos, era bem central e tinham vários pontos de referência.
O hostel era meio engraçado, era um "party hostel", clima bem agitado e animado. Como o mundo é pequeno, não deu outra: encontrei dois brazucas! Não podia acreditar, afinal eu já tava um tempão sem falar português pessoalmente com alguém que até meio que "larguei" o pessoal na conversa pra falar com os outros brazucas.

Isso já eram umas 11:30 da noite, eu estava meio cansado e precisava tomar um banho pra me animar. Dito e feito, uma vez que nos encaminharam pro nosso quarto (conseguiram um quarto pra 10 pessoas pra nós todos juntos), arrumei minhas coisas perto da cama e banho! O pessoal é meio porquinho e eu fui o único a tomar banho! Eles tavam tomando cerveja, que mereçe um parenteses: 5,5% de alcool, meio litro e custava 60 centavos de lats no mercado (85 centavos de euro), sendo que a primeira era por conta do hostel! Claro que no hostel era o dobro do preço: 1,20 lats... mas ainda assim, mais barato que beber cerveja na Finlândia!

Passada algumas cervejinhas fomos em grupo pra um bar com música meio baladinha (lembram quando eu disse que era um "party hostel"? eles tem "excursões" até baladas) e os brazucas foram junto. Lá no bar tava bem fraquinho o movimento em geral, tomei uma vodka e fiquei de mais papo com os brazucas (ei, afinal eu não conversava pessoalmente com alguem desde agosto... tá certo que teve um brazuca na balada por aqui, mas mal conseguimos conversar!). O "meu" pessoal tava meio cansado, eram quase 3:30 da matina e foram embora, eu fui junto com eles, e os outros brazucas ficaram com o grupo deles (uns franceses e espanhois, que fazem facul juntos na Holanda).

Antes de dormir rolou mais uma cervejinha com prosa, dessa vez com a piázada, menos o Lorenzo, o qual tava muito pau mole e foi durmir primeiro. Assuntos mulherísticos, futebolísticos e entre outros... quase 5 da matina e decidimos que era hora de repousarmos depois de um longo dia.

No dia seguinte levantamos 10h, banho e bora ver a cidade. Igrejas muito bonitas, católica, luterana, ortodoxa... algumas casas típicas do centro histórico, alguns lugares charmosos, monumentos, estátuas, etc... O engraçado que na terça-feira era feriado nacional: "Dia da libertação", mais conhecido como dia que os comunistas pediram pinico e cairam fora da Letônia, e isso é motivo de ENORME comemoração pra eles! As 2 da tarde iria ter uma parada militar e as 8 da noite queima de fogos.

Dito e feito, fomos tentar ver a parada, mas eis que a mesma estava socada de gente e mal consegui ver algo, só algumas poucas fotos mesmo.
Sobre a cidade em sí, eu estava me sentindo num filme de James Bond: ruas pequenas e estreitas, monumentos dos tempos comunistas, arquitetura típica, mulheres bonitas e MUITO carro foda por metro quadrado, sem contar que praticamente todos muitíssimo bem vestidos, em especial as mulheres.

Passado tal evento fomos ao museu da libertação, o qual contava a história da Letônia desde a primeira invasão soviética. Depois, de volta ao hostel para uma pequena "siesta" de 2 horas hehehe. Fato era que eu precisava de gilette urgente, eu estava me sentindo um hippie cheio de barba, e um shampoo e desodorante, já que não dá pra carregar líquidos com mais de 100 ml na bagagem de mão... ou era 10 euros pra despachar. Os espanhois queriam comprar café da manhão pro dia seguinte e rumamos juntos... Isso já era perto das 8 da noite, quando de novo a multidão se aglomerava pra rua principal, pra ver a queima de fogos. Durante a queima estavamos dentro do mercado, e acho que nem foi grandes coisas, não deu nem 10 min de fogos mesmo.

Porém, entretanto, todavia, o que eu quero relatar agora é algo bem peculiar que me aconteceu: De posse da sacola de compras, começamos o caminho de volta ao hostel, quando sinto uma "mão boba" no meu bolso de trás da calça, e como brasileiro já saquei: ou tem tarado, ou tem ladrãozinho de merda querendo se aproveitar da situação. Por medida de cautela eu coloco a carteira, passaporte, etc no bolso da jaqueta do lado de dentro, e eis que no meio da muvuca um ladrãozinho, descaradamente começou a enfiar a mão na minha jaqueta procurando algo quando dei uma cotovelada nele hahaha. Po, justo com quem o cara vai querer dar uma de malandro?!
Isso não é tudo, os brazucas contaram que na balada que a gente foi, eles foram intimados por um grupo de Letonianos pra pagar uma cerveja pra eles, dar um cigarro... colocando pressão, ridiculo!

Começei a conversar com o Manuel sobre a população local. Fato é que eles tem muita influência Russa, influência do leste europeu, em especial Polônia e por fim um toque Alemão. Mas a verdade é que eles não tem muita "identidade", em geral eles são resultado dos anos de invasão Russa no país. A cidade em sí é linda, o custo é relativamente baixo comparado com outros países da Europa, a qualidade dos serviços prestados é alta, ainda que o preço seja baixo, mas o que estraga mesmo é essa população moldada à imagem Russa, muito mal educado o povo de forma geral.

Amanhã continuo a postar o resto da viagem, já to com sono, ainda to cansado da viagem (amanhã descobrirão o porque).

Bjos a todos, amo vocês!

Um comentário:

Lígia B. disse...

tô te linkando aqui,ta?
Um beijo!